quinta-feira, 7 de abril de 2011

Campeões em decadência: porque Santos e Fluminense estão encontrando tantas dificuldades na Libertadores?

Time sensação de 2010 e campeão brasileiro do mesmo ano entraram na maior competição do continente como favorítos ao título, mas agora dependem de resultados difíceis para seguirem o sonho de conquistarem a América.

Veloz, habilidoso, e para muitos imbatível. Assim era considerado o Santos no primeiro semestre do ano passado. Avassalador, o peixe atropelava os frágeis adversários do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, com goleadas históricas, como os 10 a 0 sobre o Naviraiense, e os 9 a 1 aplicados no Ituano. E não era apenas contra as equipes de segundo escalão que o time da Vila surpreendia: São Paulo e Grêmio são exemplos de grandes equipes que não viram a cor da bola contra o alvinegro praiano, nas semifinais do Paulista e da Copa do Brasil, respectivamente. Competições que o Santos venceu com muitos méritos por sinal. Começava o legado de Neymar e Ganso. Já classificado para a Libertadores desse ano, o time jogou o Brasilerão para cumprir tabela. E parece que essa atitude afetou a equipe, que em 4 jogos soma apenas 5 pontos (uma vitória, dois empates e uma derrota). Tudo bem, o time depende só de sí para continuar almejando o título que não vem desde a época de Pelé. Mas essa dependência passa por uma vitória fora de casa contra o Cerro Porteño líder do grupo (sem Neymar, Elano e Zé Eduardo, expulsos contra o Colo Colo na vitória Santista por 3 a 2, no sufoco), e outra na Vila Belmiro contra o Deportivo Táchira. Isso para depender apenas de suas próprias forças. O próprio torcedor santista sabe da dificuldade pela qual o time passará, mas sabe também que a missão não é impossível.

Muito mais difícil é a situação do Fluminense. Ao contrário do Santos, o tricolor não entrou no Brasileiro de 2010 de brincadeira, e disputou a ponta desde o início. O time, na época comandado por Muricy Ramalho (que ironicamente acaba de assinar com o Santos), encantava na competição, liderado pelo craque do campeonato, o argentino Darío Conca. E quando se toca na palavra "argentino", já vem à mente do torcedor das laranjeiras o Argntinos Júniors, time pelo qual terá de passar, em pleno estádio Diego Armando Maradona. Além disso, precisa torcer por vitória do América-MEX. Ou seja, o time brasileiro mais cotado para vencer a Libertadores no início do ano depende de resultado de outra equipe para conseguir o segundo (não é nem o primeiro) lugar no seu grupo.

A pergunta que eu faço é: onde foi parar aquele futebol mágico, que o Santos aparentava ter ressucitado no início do ano? Por que o Fluminense, time mais temido do segundo semestre do ano passado, não assusta nem os pequenos times do Campeonato Carioca? São dúvidas que ficam no ar, mas para as quais todos os torcedores das duas equipes, e até aqueles que torcem pelo futebol bem jogado, querem achar não só uma resposta, como também uma solução.

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